sábado, agosto 30, 2008

(parênteses)

As tuas lágrimas são também as minhas. Hoje dói-me o corpo, dói-me o peito. E dói-me a alma. Estou cansada. Sinto-me a sufocar e não sei o que fazer. Não tenho conseguido chorar e precisava de me lavar por dentro. Ela tem-me visitado todas as noites e mesmo, ocasionalmente, durante o dia aparece para me ver. Sinto a sua tristeza e vou-me enterrando nela. Sei que não devo, sei que não posso. Mas tem sido tão forte... sinto-me tão vulnerável e sem ninguém com quem o partilhar. Lembrei-me de ti. Contigo partilho tudo porque no fundo sinto que sabes as respostas que eu não encontro dentro de mim. Hoje estou confusa, triste e enterrada. Quero chorar. As lágrimas sobem, mas não descem por mim abaixo. Sinto-me doente. É isso. Doente. E vazia. Mas só por hoje, só por agora. Até um dia. Outro dia que não hoje. Hoje deixo-me só ficar assim, com o meu silêncio, se ela deixar.

(ausência)

Não há palavras para evocar um rosto, um toque ou um beijo.
...
Apenas a ausência de tudo.

sábado, agosto 23, 2008

(magia...)

(... magia, para mim, é o teu sorriso...)

terça-feira, agosto 19, 2008

(fazes-me falta)

Ontem passaste o dia em mim.

Enchi a cabeça com palavras que te queria dizer, mas não escrevi nenhuma. E depois lembrei-me desta fotografia, no dia da minha primeira comunhão. Eram dias como estes e outros mais banais que gostava de poder dividir contigo. Todos os dias, afinal. Sei que te tenho aqui comigo, mas sinto falta do teu calor humano. Queria o teu colo.
Tenho saudades das tuas mãos enrugadas e de quando rodavas os polegares um sobre o outro, com a cabeça descaída sobre os joelhos e, de lágrimas nos olhos, nos dizias que estavas a fazer um "exame de consciência". Tomara que todos os fizéssemos mais vezes. Ou pelo menos uma vez na vida.
Tenho saudades de ver os teus olhos verdes pequeninos por detrás das lentes grossas dos teus óculos. Tenho saudades de te ver de terço na mão a benzer as nossas fotografias que trazias sempre contigo numa carteira preta.
E sinto falta de encher a tua garrafinha de água e de estar preocupada em arranjar-te garrafas novas para substituir as velhas e amareladas.
Até de tropeçar na tua bengala sinto falta.
Tenho saudades tuas e é só isso.
E tenho saudades do teu sorriso...

Tantas saudades...

Do teu colo. Do teu amor. Da tua presença em carne. Aqui, comigo.

sexta-feira, agosto 08, 2008

(08-08-08)

...
Pode ser tão simples como parece.
...
"Quem faz o que sempre fez, tem aquilo que sempre teve."

terça-feira, agosto 05, 2008

(parênteses)

Nada.
O cansaço que chega sem avisar. Assim, de repente.
Instala-se entre uma parede e outra.
E depois as lágrimas que começam a subir pelo peito acima e o nó que se engasga algures dentro do peito. A cabeça que paira oca. Os pés que mal se sentem. Não me sinto.
Ou sinto-me demasiado.
O cansaço costuma chegar com o entardecer. E com ele as recordações. E as lágrimas.
E o nada.
Nada.

segunda-feira, agosto 04, 2008

(a história)

Estou vidrada nesta música...
Esta dedico a mim!