terça-feira, dezembro 30, 2008

(lembras-te?)

Se calhar já não te lembras. Eu lembro-me deste e de muitos mais. Mas só me lembro aos bocadinhos... e tenho pena. Tantas coisas que ela nos ensinou e que faziam os nossos natais serem diferentes e especiais. Tomara muita gente ter tido um Natal assim. Mesmo que fosse preciso arrancar os cabelos à Barbie tropical para te fazer uns bigodes a condizer com a personagem. Que se lixe a Barbie e venham de lá esses bigodes. Nesta altura custa sempre mais. E nunca mais foi igual. Como era possível ela ter decorado tantos poemas e peças de teatro? Não sabia ler nem escrever, se bem te lembras, mas ficava-lhe tudo gravado, não sei se na memória ou no coração, mas ficava. Nem que fosse só para nos ensinar. Lembras-te?!

Ninhos, ninhos, gosto tanto
de os achar entre a ramagem...
ocultos pela folhagem,
são o meu maior encanto.

Aqui p'ra nós: outro dia
achei um tão delicado....
não calculas que alegria
me causou aquele achado!

Era de musgo, de penas
e de pêlos muito finos:
tinha quatro ovos apenas,
pequeninos... pequeninos...

Sorri de satisfação
e ali fiquei encantado...
-E tiraste-os?
-Eu não!
deixei-os no mesmo estado.

-Fizeste bem.
-Esse ninho,
quero mostrar-to também:
é daqui muito pertinho;
mas não digas a ninguém...

-Não é preciso, agradeço,
eu não preciso saber;
mas uma coisa te peço:
que tens tenção de fazer?

-Tirar o ninho, pudera!
quando tiver passarinhos.
Eu gosto da Primavera
por ser o tempo dos ninhos.

-Não faças tal, meu amigo,
isso é um crime!
-Porquê?
-Ora escuta o que te digo
e hás de dar-me razão, crê.

Essas aves inocentes
não fazem mal a ninguém;
deixa-as lá viver contentes,
criar os filhos que têm

-Não fazem? Oh! tal não digas!
vê, por exemplo, os pardais...
fazem um mal às espigas...
fazem um dano aos trigais...

-Mas muito mais que os bagos
com que os pardais se alimentam,
valariam os estragos
dos insectos que os sustentam.

Em troca dos grãos que comem
ou que levam para os ninhos,
prestam bom serviço ao homem,
matando insectos daninhos.

Roubar um ninho, em verdade,
sem proveito p'ra ninguém,
além de ser crueldade,
é erro grave também.

E já pensaste algum dia
na ternura e no carinho,
no cuidado e na alegria,
com que foi feito esse ninho?

Conservá-lo é que importa:
vês? cada ninho roubado
é uma esperança morta:
é um lar aniquilado.

-Já vejo que tens razão:
fazer mal aos passarinhos
é um erro. Mas então?
eu gosto tanto de ninhos...

-Tens irmãos, tens pai e mãe
que te adoram com ternura:
gostavam eles que alguém
lhes roubasse essa ternura?

Não julgues que os passarinhos
não sofrem, que não padecem,
quando lhes roubam os ninhos
com os filhos que estremecem.

Coitadinhos! quando voltam,
se encontram o ninho só,
ums pios tão tristes soltam,
que fazem imenso dó.

-Prometo não mais tornar
a cometer a loucura
de às avezinhas roubar
filhos, amor e ventura.

-Roubar um ninho denota
maus instintos e vileza:
cada ave é uma nota
no côro da Natureza.

-Pensas como um homem velho...
Deixa-me apertar-te a mão
por êsse nobre conselho,
por esta bela lição.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

(Boas Festas)

Cliquem na imagem para aumentar.
...
Há pessoas que têm a sorte de ter um irmão. Eu tenho a imensa sorte de ter o meu irmão. Que me faz postais giros e personalizados para desejar boas festas a todos os que por aqui passam. Poucos, mas bons! BOAS FESTAS a todos!

sexta-feira, dezembro 19, 2008

(bolas)

quarta-feira, dezembro 17, 2008

(recordar)

Quem é que não se lembra?!

(dentinhos)

(É lindo, não é?!)

terça-feira, dezembro 16, 2008

(natal)

Dizem que o Natal é das crianças. Mas, para mim, o Natal era teu e agora não estás cá. O Natal era nosso. Teu, meu e dele. Eu e ele já não contamos e tu... onde estás hoje que não te sinto aqui?

quinta-feira, dezembro 04, 2008

(3ª temporada)

Acabei agorinha mesmo de encomendar no site da fnac a minha prenda de Natal. Também mereço mimar-me, ou não?! :o)

quarta-feira, dezembro 03, 2008

(em repeat)

O João está doente... passei a noite em branco com esta música a martelar-me na cabeça, entremeando com o choro e os gemidos do meu pequenino. Para ti. Sempre para ti.