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Parabéns a mim :)

(desafio)

Roubei este desafio literário do blog de uma amiga :)

1 - Existe um livro que leias e releias várias vezes?
Imensos! Não que os leia outra vez de fio a pavio (embora já tenha acontecido com alguns), mas tenho o hábito de folhear e ler as notas ou ver os sublinhados de vários livros.

2 - Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?
Muitos…

3 - Se escolhesses um livro para o resto da tua vida, qual seria ele?
Em nome da terra, Vergílio Ferreira

4 - Que livro gostarias de ter lido mas que por algum motivo nunca leste?
Tantos! Tenho umas quantas dezenas na estante que ainda não consegui ler. Mas assim que me lembre de repente, O Cérebro de Broca do Carl Sagan.

5 - Que livro cuja "cena final" jamais conseguiste esquecer?
Em nome da terra, Vergílio Ferreira (começo a tornar-me repetitiva?!)

6 - Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual era o tipo de leitura?
Sim, muito! Deve ser por isso que sou pitosga, passava horas intermináveis a ler. Primeiro os livros da Anita e outros do género. Delirava (e ainda deliro) com todos os contos infantis da Sophia de Mello Breyner Adressen. Também gostava muito de uma colecção (que vi há dias novamente à venda) de uns mini-livrinhos com contos (As viagens de Gulliver, a menina dos fósforos e por aí fora). Adorava “Os desastres de Sofia e o “As Férias” da Condessa de Ségur. Depois viciei-me na colecção dos “Cinco” da Enid Blyton e da “Susy” da Gretha Stevns. Mais tarde rendi-me à colecção “Uma aventura” e ainda hoje gosto.

7 - Qual o livro que achaste chato mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?
Acho que nenhum… mesmo as mega secas que nos obrigavam a ler no liceu, acabava por comprar os resumos e não lia a obra completa.

8 - Indica alguns dos teus livros preferidos.
De tudo um pouco:
Em nome da terra, Vergílio Ferreira
Aparição, Vergílio Ferreira
Até ao fim, Vergílio Ferreira
Para sempre, Vergílio Ferreira
A náusea, JP Sartre
A idade da razão, JP Sartre
Sangue do meu sangue, Michael Cunningham
Era uma vez um rapaz, Nick Hornby
A menina do mar, Sophia de Mello Breyner Adressen
Não te deixarei morrer David Crocket, Miguel Sousa Tavares
A profecia Celestina, James Redfield
Comer, Orar, Amar, Elizabeth Gilbert
O diário de Bridget Jones, Helen Fielding

9- Que livro estás a ler neste momento?
É sempre ao monte :)
Tropeçar na felicidade, Daniel Gilbert
Einstein - a sua vida e o universo, Walter Isaacson
A receita da felicidade, Deepak Chopra
A alegria de viver, Yongeu Mingyur Rinpoche
Mulheres, Comida e Deus, Geneen Roth

10 - Indica 10 amigos para o meme literário:
10 que o queiram apanhar :)

(profissão: CEO (Children Executive Officer))

A minha é esta: http://www.dn.pt/revistas/nm/interior.aspx?content_id=1829795

Não foi uma decisão fácil. Já me perguntaram muitas vezes se não me farto, se não me arrependo. Afinal estudei, tirei uma licenciatura e uma pós-graduação. Não me formei para ser "só" mãe. E sim, não sou de ferro, há dias em que me apetece mandar os miúdos para outra banda e voltar a trabalhar com patrão e com horário das 9h às 17h. Dias em que me sinto fisica e emocionalmente esgotada. Mas passa. Porque é gratificante ter esta oportunidade e é um desafio diário poder superar as minhas expectativas. Não sou doméstica, não sou dona de casa, sou mãe a tempo inteiro. E isso, para mim, é tudo e muito mais. E não, também não me sinto a estupidificar - bem, há dias e dias. Não parei de investir na minha formação noutras áreas. Agora até tenho mais tempo para fazer aquilo que gosto. E não trocava esta profissão por nenhuma outra.

(mais um passo em frente)

Mais informações AQUI.

(gratidão)

Porque a vida hoje me roubou mais uma pessoa. Uma pessoa com a minha idade e dois filhos, tal como eu. Uma pessoa que me marcou. Uma amiga de outros tempos. E também porque há já algumas semanas que ando a matutar para mim mesma todas as coisas pelas quais me sinto grata - quando nos aparece um nódulo na tiróide que leva a que surjam as palavras benigno e maligno na mesma frase e que nos obriga a fazer uma biópsia e aguardar com toda a impaciência do mundo por um resultado também dá nisto. Porque todos nós, pelo menos uma vez por dia, devíamos agradecer por alguma coisa. Nem que seja por ainda podermos sentir essa tal de gratidão.

(respirar)

Porque agora somos 4. E porque há dias em que não é fácil gerir a montanha russa de emoções que é ter dois filhos. Um com 2 anos e meio, ciumento e carente e uma com quase 5 meses que precisa de toda a nossa atenção. Não é fácil, nem era suposto que fosse. Mas confesso que há dias em que me falta o fôlego. Em que me apetece enfiá-los numa creche e voltar a trabalhar fora de casa, com um horário das 9h às 17h. Mas esses dias de desalento são ínfimos quando comparados com o amor que sinto a transbordar de mim e em mim todos os dias, todos os minutos. Porque todos os dias me sinto grata por ter a oportunidade de estar com eles em casa a vê-los crescer. Mesmo que às vezes sinta que me falta o ar. Mesmo que por vezes (tantas vezes) me tirem do sério.

(cansaço)

Cansada. Mesmo cansada. Talvez seja por isso que engulo as lágrimas, já não tenho fôlego para pô-las para fora de mim.