quinta-feira, abril 09, 2009

(sorte)

Li esta manhã um daqueles mails em corrente que não costumo sequer abrir (do tipo passa a outro e não ao mesmo...). Não acredito em acasos e pelos vistos tinha mesmo que o ter lido, nem que fosse só por uma frase. Não querendo parecer banal, tem sido no auge das contrariedades que tenho percebido qual o rumo que quero dar à minha existência (e que tenho tido mais consciência de mim), com algumas certezas e muita serenidade (ou tranquilidade, como diz o outro). Que é como quem diz que quando se fecha uma porta abre-se uma janela. Não podemos é andar pelo planeta como zombies e coitadinhos (odeio esta expressão) a quem a vida não sorri (e o que temos feito, afinal, para que nos sorrisse?). Não será uma verdade absoluta, mas é uma grande verdade. Que a pseudo-crise (ou não) que estamos a atravessar sirva, pelo menos, para que se reflicta um pouco sobre o que é verdadeiramente importante. E falo de coisas simples como optar por ler um livro, dar um passeio à beira-mar, sorrir para os vizinhos enquanto se dão os bons-dias e dedicar-lhes alguns minutos de atenção ou ver as mil quinhentas e setenta e nove desgraças que dão por dia nos noticiários. E não, não tenho visto televisão (só a Fox Life à quinta à noite como prémio de consolação e o Canal Panda e os desenhos animados da TV2 por motivos óbvios). E também não tenho falta de informação. Basta seleccionar os temas que me interessam e que não me arrastem para a onda de pessimismo que se tem instalado... e para isso temos os jornais de papel ou, melhor ainda, a internet. E já me estou a alongar. Era para ser apenas uma citação e passou a ser um monólogo.

"Não conseguir o que se quer é, às vezes, um golpe de sorte".